A liberdade de expressão permite às crianças revelar-nos suas qualidades e necessidades, que permaneceriam ocultas ou recalcadas num ambiente infenso à atividade espontânea.
Quem nunca viu uma criança brincando mais com a embalagem do
brinquedo, sem dar a menor atenção para o brinquedo em si? O melhor brinquedo
para a criança é aquele que estimula a imaginação, o conhecimento, e não o mais
caro, high tech. Objetos comuns, como sapatos, pedaços de papelão, podem facilmente
se tornar brinquedos nas mãos das crianças.
De acordo com o Método Montessori, peças coloridas, sólidas,
de tamanhos, formas e texturas diferentes fazem parte do objetivo da proposta de
aguçar as crianças a abrir, fechar, encaixar, abotoar, tatear, contar e uma
infinidade de outros atrativos que estimulam o raciocínio e auxiliam todo tipo
de aprendizado do sistema decimal à estrutura da linguagem.
Segundo Mirna Folco, coordenadora de capacitação comunitária do
Instituto Akatu, os conceitos de consumo consciente devem ser introduzidos já
na infância. A criança não tem dinheiro para comprar, mas influencia
fortemente, nas escolhas da família. Desse modo, é necessário que a criança
tenha consciência dos impactos ambientais, sociais e econômicos dessas
escolhas. As crianças precisam entender que os brinquedos, as comidas, não
nascem das gôndolas dos supermercados.
O projeto Criança e Consumo do Instituto Alana apoia
campanhas contra o consumismo infantil em dados sobre a falta de capacidade das
crianças de até oito anos de idade para diferenciar propaganda e programação
quando assiste à televisão. Elas são mais vulneráveis porque recebem todas as
mensagens sem consciência crítica. Apenas por volta dos 12 anos, percebem que a
publicidade tem o objetivo de vender. Bombardeadas por mensagens publicitárias
que usam os personagens das histórias para vender os produtos com as marcas dos
programas, as crianças são provocadas a querer e a pedir insistentemente para
os pais.
Fonte: delas.ig.com.br
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Confira!
Revista Midentidade: somos todos construídos pela mídia, da coleção Coletiv@ 2013. Dialoga com questões acerca da publicidade e sobre suas responsabilidades na construção de uma sociedade pensante.
Leia também: Publicidade infantil fora do tabuleiro
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